COMUNIDADE DO CÓRREGO DOS RAMOS :
Primeira parte :
Por volta de 1847 , chega a cabeceira de um córrego , os Familiares do senhor Deodato Ramos , provenientes da região das matas .
A família foi aumentando , e com o passar dos anos , aquele córrego ficou conhecido como " COMUNIDADE DOS RAMOS " .
Por ali viveram vários personagens , dentre eles o senhor , DEODATINHO , filho do senhor DEODATO RAMOS , o anfitrião da FAMILIA RAMOS .
Também pode-se destacar , pessoas que marcaram presença na região como :
Dona Maria Clara de Souza , " que fez doação de terreno , para a construção do primeiro cemitério e a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos , para a então Comunidade do Arrependido , " Vila Senhora dos Anjos , Vila dos Anjos , Angelândia " ; ela dona Maria Clara , era casada com o senhor Bento Ramos .
Outros personagens importantes foram : o senhor Deodatinho Ramos e dona Francisca da Alexandria , pais do senhor Fulgêncio Rodrigues da Alexandria .
Também ali moraram , Santos Ramos , José Ramos , Bento Ramos , Beata Ramos , Ricardinha Ramos , Ana Ramos , Mariana Ramos , Domingos Costa e outros tantos pioneiros dessa grandiosa Comunidade .
Naquela época as pessoas viviam e se sustentavam , através de plantações de sub- existência como :
Arroz, feijão , milho , mandioca e cana de açucar .
Era filhos do senhor Deodatinho , além do senhor Fulgêncio Rodrigues da Alexandria , Antônio Rodrigues Ramos , Maria Rodrigues Ramos , Ana Rodrigues Ramos , Lidio Ramos , Sebastião Luis Ramos .
Esses são alguns dos personagens da historia da FAMÍLIA RAMOS .
A HISTORIA DA IGREJA E TRADICIONAL FESTA DE SANTO ANTÔNIO :
Segunda parte :
O senhor Fulgêncio Rodrigues da Alexandria , ainda jovem , conheceu a adolescente Maria Pereira de Souza , moradora da Barra do Córrego da Grota Escura , e pouco tempo depois se casaram , e passaram a morar na região da família da dona Maria Pereira .
Dessa união nasceram os filhos :
Rita Rodrigues Pereira , Eleonor Rodrigues Pereira ( Dona Lôra ) , Maria Rodrigues Pereira ( Dona Cota ) , José Rodrigues Pereira ( Zé de Fulgêncio ) , Antônio Rodrigues Pereira ( Tô de Fulgêncio ) , José do Nascimento Rodrigues Pereira ( Néu de Fulgêncio ) .
A dona Maria Pereira , esposa do senhor Fulgêncio , era filha do senhor Antônio Pereira e dona Ana Pereira , e o senhor Fulgêncio , era filho de Deodatinho Ramos e dona Francisca da Alexandria .
Conta-se que em determinado tempo , a família , Ramos & Pereira , começou a passar por dificuldades financeiras , e em certo dia , a dona Maria , disse para o seu esposo Fulgêncio , que os filhos estavam à trés dias sem se alimentarem , pois não tinha nenhum alimento para eles ;
desesperados, ambos saíram em busca de sustento para a família , e como não conseguiram nada , dona Maria , fez uma promessa a Santo Antônio e ao senhor Bom Jesus , que interferissem por eles .
No outro dia , o senhor Fulgêncio retornou para casa , trazendo vários alimentos para os filhos .
Acreditando em um milagre de Santo Antônio , a partir daquele dia , a família passou a venerar o Santo .
Tempos depois , passaram a morar na Comunidade dos Ramos , e para homenagear Santo Antônio , construíram , uma minuscula Capela , e colocaram uma pequena imagem do Santo , e todos os anos a Comunidade comemora , com muita festa e comida , para todas as pessoas presentes .
A TRADIÇÃO EM FABRICAR OBJETOS DE BARRO (ARGILA ) , O SONHO VISÃO , QUE FOI O INICIO DE TUDO :
Terceira parte :
A arte e tradição em fabricar panelas , potes , vasos , caqueiros , e outros produtos derivados do barro (argila ) , surgiu através de uma visão (sonho ) , que a dona Maria teve .
" Um certo dia , a minha mãe , teve uma visão (sonho ) , com um carneiro brilhante , parecendo que era banhado a ouro , que lhe disse :
Vocês estão passando fome , mas a solução , está em suas mãos , você sabe fazer potes e panelas de barro , faça e resolva a situação !
A partir desse dia , a minha mãe , meu pai , irmãos e eu , dedicamos a fazer panelas e potes de barro , e a fartura veio , nunca mais passamos fome , e é pela visão da minha mãe , e o milagre de Santo Antônio , que todos os anos , nós rezamos o terço ao Santo , e alimentamos à todas as pessoas que participam , relata dona COTA , emocionada ."
A fabricação dos objetos de barro , perpetuou por muitos anos , mas depois da morte da dona Maria , foi paralisado .
Hoje a dona Cota , irmãos , filhos , netos , e moradores da Comunidade do Córrego dos Ramos , estão resgatando a tradição e fabricando , potes , bules , panelas , talhas , pratos , chicaras , vasos e muitos outros produtos , e a tradicional Festa de Santo Antônio , da Comunidade dos Ramos , acontece todos os anos , com a presença de pessoas de toda a região , e animada por uma Banda de Taquara , que é preservada e dirigida , por Juarez dos Ramos , filho de dona Cota , e neto de dona Maria e o senhor Fulgêncio .
" PRESERVAR E RESGATAR A MEMORIA DE UM POVO , É OBRIGAÇÃO E DEVER DE TODOS ."
Vista parcial da Comunidade
Capela de Santo Antônio
As irmãs , dona Rita e dona Lôra
Dona Cota
Dona Maria - a Matriarca pioneira
Dona Higina - Irmã de dona Maria
Dona Higina , tratando das criações
Dona Higina - irmã de dona Maria
Dona Cota socando barro , para fazer as peças
Juarez , Filho de dona Cota e neto de dona Maria
Dona Cota , fazendo panela de barro
As irmãs , dona Rita e dona Lôra
Capela de Santo Antônio
Imagem de Santo Antônio
Filha e neta de dona Lôra
Dona Lôra , mostrando as suas panelas
Dona Cota , fazendo uma botija
Peças de barro , prontas para ir ao forno
A simpática , dona Cota
Dona Rita Torquato e senhor Lidio Ramos
Dona Margarida e senhor Marcolino Pacheco
Juarez , filho de dona Cota e neto de dona Maria
Dona Ana Rodrigues , filha de Antônio Rodrigues